domingo, 6 de janeiro de 2008

Sad Christmas!

Última quinzena de dezembro, algo diferente acontecia em mim. Sentía-me cansado, irritado, sem paciência, algo que eu busco sempre praticar, não sei alguma coisa estranha...


Sabia que estava cansado, pois tenho trabalhado muito, mas também tinha a consciência que tudo aquilo era fruto de todo um bom trabalho e que no fundo agradecia a DEUS . No dia 24 específicamente na véspera de Natal, ao contrário de tudo e todos, não tinha nenhum entusiasmo e nem estava em clima de festa. Aproveitando, caso você tenha percebido algo ou sofrido alguma lesão de minha parte, milhões de desculpas!!! Eu realmente não tinha a intenção de magoar ninguém, como se diz: eu “estava com as macacas!!!”(risos, risos). Mas também vamos combinar, né?! Ninguém é de ferro!!! Eu nunca havia passado por algo do tipo antes. Sabe, eu estava impaciente, sem forças, me sentindo incapaz, desacreditado, queria voltar para dentro da barriga de mamãe, enfim um monte de coisas horríveis. Ao chegar em casa não quis nem falar com o Guto, caí na cama e dormí durante uns 20 minutos. Só acordei porque ele me chamou para dizer que estava indo para a casa de sua família. Mal o cumprimentei e virei a cabeça para tentar dormir novamente, pensando que daquela forma conseguiria sair daquele pesadelo todo. Que nada, em casa estava me sentindo só e ao mesmo tempo não queria ver ninguém, sabe esses sentimentos péssimos, uma “bad” tamanha?! Chorei! Depois de um tempo lembrei-me de uns amigos que não os via há uns 18 anos, eles haviam me convidado para passar o Natal por lá. Pensei: Por que não? Como estou assim, pode ser uma oportunidade de quebrar a rotina e sair dessa fossa toda! Vou até lá! Minha família não tem o costume de se reunir para essa comemoração, então eu tinha que me programar para outras coisas. Assim fui parar em Alcântara, Niterói, imagina ?! Chegando, esperei pelo meu amigo durante um longo tempo. Liguei, pois não aguentava mais, e ele me falou: “ Aguenta aí, pois arrumei um carro para ir te buscar! “Pensei: Puxa que legal, se esforçando para cuidar bem de mim! O ser humano é muito egoísta mesmo, viu?! Também pensei comigo: Deve ser longe! No ponto onde eu o esperava estava tocando um daqueles funks bem alto: “ chão, chão, chão; creu, creu, creu” Ah! Um monte de letras estranhas, e aquilo repetia-se sempre e teve uma hora que já me peguei repetindo aquelas palavras na cabeça e sentindo vontade de rebolar até o chão! (risos, risos). Em um momento no meio daquela multidão, daquele ponto sujo, eis que surge o meu amigo. Ufa! Que alívio não ía ficar mais por alí. Fomos para o carro e quando o avistei, pensei novamente comigo: Não vai prestar!!! “ Dito e feito”, entramos no carro e ele colocou a chave na ingnição para a partida e o “ ogromóvel” não saíu do lugar. Ele falou que tinha tido um problema com a bateria antes de sair de casa e agora achava ser a gasolina. Pediu-me que ficasse por ali e o esperasse que iria comprar gasolina alí por perto. Comprei um “churrasquinho de gato” e fiquei a esperá-lo. Tempos depois ele retorna com o combustível em um vasilhame e coloca no carro. Tenta-se de novo dá a partida , não consegue e DEUS como é sábio, tive que sair para empurrar o carro. Talvez ali poderia ser uma das coisas que me ajudaria a estravazar todo o meu stress. De uma certa forma até foi. Não posso esquecer que depois de uns metros, uma alma caridosa me ajudou a empurrar o “ogro”. E assim consegui enfim chegar na casa deles e passar a ceia com aquela família linda: meus amigos Joca e Nara! Valeu!!!

Mas não terminou por aí, no dia 25 a caminho de casa, pela rua ainda me sentindo não muito bem. Precisava ficar por um tempo sozinho (analisando hoje, vejo que era necessário), e não sabia. Passei na casa de outros amigos antes e depois fui para casa, ao entrar em meu apartamento encontro o Guto de cara feia, perguntei o que houve e ele não me respondeu bem, simplesmente explodi do nada e chorei muito! Depois de muito conversar, tudo aquilo passou.


Identifico agora que era um daqueles momentos em que precisa-se ter um diálogo com as pessoas com quem você convive, com quem você ama, entendi também que mais do que nunca precisamos de “time”, e que somos de carne e osso, humanos. É normal que tenhamos os nossos momentos de questionamentos e fragílidades. Tudo isso foi ótimo, pois entendi muitas coisas, mas juro que não quero passar por outras dessas, Deus me livre!!! (risos, risos).




Um comentário:

Anônimo disse...

A cada de dia que passa tenho certeza que nada acontece por acaso,e que realmente só acontece quando tem que acontecer...se tivessemos nos conhecido no Mosaico,ou no Werner,não teria sido tão gostoso e tão apaixonante quanto foi no Hans...conhecer você foi o máximo,não canso de dizer que te amo, e agora te admiro também.Bjos